segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

20140203 O sol dos paises

O sol dos paises


Na praia, entre as barracas e guarda-sóis, trazido pelo vento, rescendia o cheiro de protetor solar.


De um salto meu pensar se voltou para a Rua Pasteur, espaço da minha infância e juventude, em suas temporadas de Jogo de Taco. Tempo em passávamos o dia sob o sol intenso, e sem bronzeador ou protetor solar. Ninguém pensava nisso.


E o jogo parava apenas quando perdiamos a bola, já noite adentro, para na manhã seguinte, com a claridade do dia, a recuperarmos. Afinal o Jodo de Taco não pode parar.


Por que a ausência de protetor solar?


Seríamos incultos naquela época?


Teria o sol mudado seus raios ao longo do tempo? Ou sua forma de chegar ao chão?


Mudou a atmosfera?


Ou tudo não passará de uma grande agressividade da indústria cosmética, comprando médicos; institutos de pesquisas mundiais; meios de comunicação de massas?


Me diga. Na India o índice de cancer de pele é maior que o de nossa América Latina?


Seria outro sol a banhar os diferentes continentes? Os diferentes paises? Um sol para cada pais quem sabe.


O sol da Nicarágua, Cuba e El Salvador é diferente do sol do México, Brasil e Argentina?


Tudo isso me parece muito cômico, mas não é, milhares e milhares de dolares se deslocam dos nossos paises rumo aos paises centrais, na forma de remessa de lucros.


Uma atividade normal, caso não se tratasse de roubo legalizado pelos diversos paises lacaios dos EEUU.


Quanto acerto em "As veias abertas da América Latina" de nosso Eduardo Galeano.


Quando teremos o medicamento da dignidade para estancar tal sangramento?


Quando deixaremos de ser colônia ou quintal para ser verdadeiramente soberanos?


Paulo Cesar Fernandes

03 01 2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário