quarta-feira, 9 de outubro de 2013

20131009 Caminhar dos dias

Caminhar dos dias


No caminhar dos dias as cidades mudam, bem como os pensamentos dos homens.


Se debruçando sobre seu antigo pensar o transformam, forjam novas formas de conceber a vida e a existência.


E tudo é fugaz ao homem da contemporaneidade. Inclusive o seu pensar. Milhares de informações cruzam os ares dia a dia, segundo a segundo.


Como podem se cristalizar nossas concepções?


Se tornariam estruturas seculares e envelhecidas, como as peças dos mais antigos museus da Europa. O Velho Continente.


Nada disso.


Somos vivos e adesos ao nosso tempo. Por esse motivo, nossa mudança e nossa constante instabilidade é um imperativo de progresso.


Velejamos em mares revoltos de ideias desencontradas e contraditórias. Precisamos perceber qual vaga nos é interessante, e nessa vaga meter a mão, colhendo suas águas para refrescar nossa testa e transformar nosso pensar.


Assim não faz, quem não ousa o mar de novos pensamentos.


Quem teme renovar-se.


Meu barco navega em busca do novo. Ora ágil, ora lento.


E não perco a oportunidade de me lançar sempre a esse mar.


Do mar veio a vida. Dizem os cientistas.


E ainda vem. Digo eu.



Paulo Cesar Fernandes

09 10 2013

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