A Arte é a mais poderosa das varinhas de condão.
Ela de tudo é capaz, a tudo transforma, e tudo refaz. Constroe e destroe só em seu movimentar-se. Disto sua magia.
Da Alegria. Da Tristeza.
Do Mundo do Impossível ela tudo ordena, contempla, completa e orienta. É soberana e única em seu mister.
Gira o mundo, cria e recria, podendo a tudo modernizar.
Da solidão e da multitud tem ela todos os conhecimentos. Lida com maestria, tanto com o cheio, bem como com o vazio.
Teatro sem gente? É patético!
Mas, pouco a pouco, pinga que pinga de gente. Pessoas solas, em duplas, familias em peso. Vozes vão piando na platéia. Me bate a curiosidade... sempre bate...
Ah! Como é mágico ver isso! Por trás da pesada cortina do palco cênico, parar e admirar. É a gente que chega, e chega para nos ver. Ver a mim que faço monólogos.
Um frisson sempre me embrulha o estomago. Assim é sempre. E cada dia é um dia novo.Em cada espetáculo uma novidade. Brotam novidades, por vezes uma idéia, toda ela fora do script, desmonta o público de tanto riso. E io me divirto.
No palco cênico não tive um dia igual ao outro. Não! Sempre uma surpresa te aguarda.
Ora do público. Uma reação se alça, positiva ou negativa. E te falta o ar, mas os anos de janela te fazem rir e seguir na rota do espetáculo. O que é sempre rico.
_ Eu faço o espetáculo. Sob minha regência centenas de olhares e corações. O riso do público é minha alegria; e meu belo texto seu maior prazer.
_ Eu sou o Teatro afinal! Sim, claro! Outras formas de Arte também se projetam. Mas a mim é que se prendem os atores de verdade. Eu sou o tablado de madeira.
_ Eu sou a verdade diante de um público. Sou filho do picadeiro do circo. Sou o Saltimbanco da modernidade. Eu lavo ficção. Eu levo a verdade.
_ Eu levo é a Vida, em cada apresentação.
Portal Fernandes
27 02 2013
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