Nelson Cavaquinho
Depoimento do Poeta
1970
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DEPOIMENTO DO POETA
Nelson Cavaquinho (1970
Discos Castelinho LPNE-10.002
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Faixas
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01 Luz negra (02.11
02 Palhaço (02.45
03 Notícia (03.28
04 Orgulho e agonia (02.51
05 Aceito o teu adeus (Não me olhes assim (04.32
06 Eu e as flôres (02.43
07 A flor e o espinho (02.33
08 Rugas (02.33
09 Caridade (03.12
10 Pranto do poeta (02.09
11 Juro (Que caia sobre mim (03.06
12 Degraus da vida (03.28
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Característica: vocal
Gravadora: Continental/WEA
Produtor: Paulo Cesar Costa
Formatos: (LP/1974), (CD/1994)
Primeiro disco: 1974
Observação:
LP da série "Ídolos da MPB". Reedição do 1º LP gravado por Nelson, em 1970. Contracapa do LP escrita por Sérgio Cabral. Dos músicos que participam do disco, só há crédito para Altamiro Carrilho na ficha técnica. CD da série Mestres da MPB.
Note-se sim, em todas as faixas a flauta de Altamiro Carrilho, um luxo como usa dizer Victor Heredia.
01 Luz Negra
Compositor(es): Amâncio Cardoso / Nelson Cavaquinho (Nelson
Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
Part. Especial(ais):
Elizeth Cardoso : Diálogo
02 Palhaço
Compositor(es):
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Oswaldo Martins
Washington Fernandes
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
03 Notícia
Compositor(es):
Alcides Caminha
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Nourival Bahia
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
Part. Especial(ais):
Eneida de Morais : Diálogo
04 Orgulho e agonia
Compositor(es):
Fernando Mauro
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
Part. Especial(ais):
Oswaldo Sargentelli : Diálogo
05 Aceito o teu adeus (Não me olhes assim
Compositor(es):
Amado Régis
Luiz Rocha
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
Part. Especial(ais):
Eneida de Morais : Diálogo
06 Eu e as flores
Compositor(es):
Jair do Cavaquinho (Jair de Araújo Costa)
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
07 A flor e o espinho
Compositor(es):
Alcides Caminha
Guilherme de Brito
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
08 Rugas
Compositor(es):
Ary Monteiro
Augusto Garcez
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
Part. Especial(ais): Elizeth Cardoso : Diálogo
09 Caridade
Compositor(es):
Ermínio do Vale
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
Part. Especial(ais): Oswaldo Sargentelli : Diálogo
10 Pranto do poeta
Compositor(es):
Guilherme de Brito
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
Part. Especial(ais): Elizeth Cardoso : Diálogo
11 Juro (Que caia sobre mim
Compositor(es):
Amado Régis
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
12 Degraus da vida
Compositor(es):
Antônio Braga
Cesar Brasil
Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)
Músico(s):
Altamiro Carrilho : Flauta
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Letras
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01 Luz negra (02.11
Sempre só
Eu vivo procurando alguém
Que sofre como eu também
E não consigo achar ninguém
Sempre só
E a vida vai seguindo assim
Não tenho quem tem dó de mim
Estou chegando ao fim
A luz negra de um destino cruel
Ilumina um teatro sem cor
Onde estou desempenhando o papel
De palhaço do amor
02 Palhaço (02.45
Sei que é doloroso um palhaço
Se afastar do palco por alguém
Volta, que a platéia te reclama
Sei que choras palhaço
Por alguém que não lhe ama
Enxuga os olhos e me dá um abraço
Não te esqueças, que és um palhaço
Faça a platéia gargalhar
Um palhaço não deve chorar
03 Notícia (03.28
Já sei a notícia que vens me trazer
Os seus olhos só faltam dizer
O melhor é eu me convencer
Guardei até onde eu pude guardar
O cigarro deixado em meu quarto
É da marca que fumas
Confessa a verdade, não deves negar
Amigo como eu jamais encontrarás
Só desejo que vivas em paz
Com aquela que manchou meu nome
Vingança, meu amigo, eu não quero vingança
Os meus cabelos brancos
Me obrigam a perdoar uma criança
Vingança, meu amigo, eu não quero vingança
Os meus cabelos brancos
Me obrigam a perdoar uma criança..
04 Orgulho e agonia (02.51
O mal não avisa quando está pra chegar
Veio de surpresa para lhe castigar
Transformou o seu orgulho em agonia
Eu já esperava isso um dia
Todos nós erramos mas é bom não errar
É um conselho que eu vou te dá
Não quero te humilhar
Deus não me ensinou assim
Talvez aprenda a ser igual a mim
Sempre eu falei a vida muda
Aqui vai a minha ajuda
Vamos juntos caminhar até o fim
Não me ouviu um só minuto
E no desespero eu escuto
Você chamando por mim
05 Aceito o teu adeus (Não me olhes assim (04.32
Pelo amor de deus
Não me olhes assim
Vejo nos seus olhos bis
Humilhação
Já sei que não gostas mais de mim
Aceito teu adeus, como se aceitasse a paz
Não será surpresa se não me quiseres mais
Nesse mundo de deus tudo pode acontecer
Porque que eu não posso
Te esquecer
06 Eu e as flôres (02.43
Quando eu passo
Perto das flores
Quase elas dizem assim:
Vai que amanhã enfeitaremos o seu fim
A nossa vida é tão curta
Estamos nesse mundo de passagem
Ó meu grande Deus, nosso criador
A minha vida pertence ao senhor
07 A flor e o espinho (02.33
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
É no espelho que eu vejo a minha magoa
A minha dor e os meus olhos rasos d'água
Eu na sua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor
Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Que eu quero passar com a minha dor
08 Rugas (02.33
Se eu for pensar muito na vida
Morro cedo, amor.
Meu peito é forte,
Nele tenho acumulado tanta dor.
As rugas fizeram residência no meu rosto
Não choro pra ninguém
Me ver sofrer de desgosto.
Eu que sempre soube
Esconder a minha mágoa.
Nunca ninguém me viu
Com os olhos rasos d'água.
Finjo-me alegre
Pro meu pranto ninguém ver.
Feliz aquele que sabe sofrer
09 Caridade (03.12
Não sei negar esmola
A quem implora a caridade
Me compadeço sempre de quem tem necessidade
Embora algum dia eu receba ingratidão
Não deixarei de socorrer a quem pedir o pão
Eu nunca soube evitar de praticar o bem
Porque eu posso precisar também
Sei que a maior herança que eu tenho na vida
É meu coração, amigo dos aflitos
Sei que não perco nada em pensar assim
Porque amanhã não sei o que será de mim...
10 Pranto do poeta (02.09
Em Mangueira
Quando morre um poeta
Todos choram bis
Vivo tranquilo em Mangueira porque
Sei que alguém há de chorar quando eu morrer
Mas o pranto em Mangueira é tão diferente
É um pranto sem lenço
Que alegra a gente
Hei de Ter um alguém
Pra chorar por mim
Através de um pandeiro e de um tamborim
11 Juro (Que caia sobre mim (03.06
Juro que não sou o causador
De você estar sofrendo assim
Juro até pelo amor de Deus
Se algum mal eu lhe desejo
Que caia sobre mim
{bis}
Apenas eu lhe disse
Não use a sua grandeza
Para ofuscar
A minha pobreza
Nunca é tarde demais
Pra quem sofre encontrar a paz
12 Degraus da vida (03.28
Sei que estou
No último degrau da vida, meu amor
Já estou envelhecido, acabado
Por isso muito eu tenho chorado
Eu não posso esquecer o meu passado
Foram-se meus vinte anos de idade
Já vai muito longe a minha mocidade
Sinto uma lágrima rolar sobre meu rosto
É tão grande o meu desgosto
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