Dos passos no caminho da compreensão
Já sonhei sonhos de protagonismo;
buscava nos outros o reconhecimento.
Descobri. Arte e Brasil não combinam.
Aos sem Mídia, e apostadores na emoção.
Mais tarde descobri ainda: não eram sonhos, mas ilusões.
E pouco a pouco se fez claro o real protagonismo.
Quem o define sou eu.
E o aplauso nasce.
Do calor dos personagens.
Da sua ira e sua sensibilidade.
Esse mundo de Encanto não há quem o tire.
Escrevedor de projetos futuros;
E cercado de personagens reais;
A habitar minha vida;
E a pedir-me um tempo a mais.
Eu sozinho e o universo dos personagens.
Vivemos à margem do tempo.
Com nosso timing do Real.
Nos emaranhamos e encaramos;
A imensa jungle do ficcional.
Protagonistas?
Verdadeiros e fiéis?
São Fer; Ana Clara; Claudio e Hugo Rangel.
Eles sim tem vida.
A poucas doses contada.
Para o escrevedor lhes sentir as nuances;
E transpor em palavras
As emoções mais doces.
Tendo a ilusão nas tumbas.
E a seca verdade nas mãos.
A Arte em si nos remete.
A uma outra dimensão.
Estético-espiritual.
Aí reside a recompensa.
Paulo Cesar Fernandes
11/09/2015
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