Frieza
Vem chegando a Primavera.
E se faz inverno em meu coração.
E cada sístole, cada diástole causa danos, milhares de flocos de neve enregelando ainda mais aquilo já vergastado pelo frio vento.
De onde saem homens tão desprovidos do sentir?
Seus gases, seus cassetetes en contra seus iguais desarmados e inofensivos; seus iguais na mesma dor; no minguado salário; na empobrecida família; ou ainda pior, os deserdados das sorte expulsos pelas guerras.
Que gente é essa que se deixa fazer servir aos tiranos do mundo?
Policiais e refugiados são organismos de um mesmo corpo social, de um mesmo mundo. O mundo dos seres teoricamente humanos.
Sei que neva em meu coração.
Por que razão a violência, sem qualquer razão de ser?
Mundo, Velho Mundo, Velha Europa ignorante e fascista.
Quem elege esses infames mandantes da Europa?
Onde está a humanidade da Velha Europa?
Sei da sua existência.
Mas onde diabos ela se esconde?
Onde se esconde o Coração da Europa?
Mais não sei. Na verdade nada sei.
Eu sou da América do Sul!
E a nós?
Já nos bastam nossas dores; nosso atraso imposto pelos Donos desta Terra.
Já nos bastam nossos mortos tantos, nesses cinco séculos de iniquidades.
Nomes tantos escondidos pela Oficial História dos Vencedores.
Vencedores? Serão mesmo?
Só vence verdadeiramente quem se vale de limpos caminhos, limpas jornadas.
Fora isso temos o merecido desprezo por todos os "teoricamente vencedores". Pois...
"Vitorioso é o que vence a si mesmo" disse Gandhi.
Assim sendo, vencer não é ser vitorioso.
Por tudo isto neva!
E neva muito neste velho coração!
Paulo Cesar Fernandes
18/09/2015
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