sábado, 31 de agosto de 2013

20130825 Vencedor

Vencedor


Que é ser vencedor?
Nihil.
Que/Qual é a verdade?
Paz.



Dos filmes me chegam perguntas.
E o texto sai explodindo respostas.
Fuck it all



O bom mesmo é a PAZ.
Serenidade.
Cobrança zero.



A solidão até que dói.
Menos muito que o conflito.



E não há vazio interior, nem vazio no papel.
Pois no branco espaço desliza o braço.
Vertendo algo, grafando letras.
Poemas, ideias. Nadas e tudos afinal.
Colar de palavras.
Colar as palavras.
Tarefa sem fim, sentido ou verdade.



Paulo Cesar Fernandes

25 08 2013

Nota: A verdade é pura ilusão. Não existe.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

20130828 Zumbis no comando

Zumbis no comando


Se armar? SIM
Se armar de Paz.
Paz na mente.
Paz no coração.
Paz nas mãos.
Postas a serviço do Bem.



Desarmar o coração.
A cidade, o pais e o mundo.
Serenamente olhar o futuro.
Como um processo.
Lento e paulatino.
Da construção maior.
Um mundo de Paz.



Eles nos odeiam.
Eles fabricam armas.
E armam guerras.
Bem longe, muito longe.
Das suas terras.
Das suas famílias.
Dos seus bens.



Promovem o ódio.
Odeiam a Vida.
Só amam a grana.
O vil metal, o Poder.
Amam o vazio.
Vazio de si mesmo.



Promovem a morte.
Mensageiros da morte.
Comandam o mundo.
Zumbis no comando.
E vamos remando.
No contra fluxo, na contramaré.



Paulo Cesar Fernandes

28 08 2013

20130829 Tudo vale a pena

Tudo vale a pena
 
"Para quem quer se soltar
 Um vento, um cais..."
            Milton Nascimento


Soltar-se das amarras do mundo e lançar-se ao mar das incertezas, das tormentas e das calmarias.


Soltar-se é isso. Saltar dos Andes com asas de cera, tal qual Ícaro.


Nunca temer o dia seguinte. Sempre se renovar em esperanças e pércepções de si e do mundo ao seu redor.


Ter a ousadia de amar, transpondo barreiras sociais, raciais, sexuais, e as banais do próprio Ego.


Destruir o Ego e navegar as pulsões do ID.


Se chegarmos a algo assim teremos uma gota a mais no cálice fértil de nossa Felicidade.


São pontos de nossa libertação espiritual.


Paulo Cesar Fernandes

29 08 2013

20130830 O desenho

O desenho


A gente pensa pensar, mas não. Não pensa.


Até porque o universo a ser pensado é imenso, muito mais amplo inclusive de nossa capacidade de o antever e abarcar. Por mais interesse tenhamos.


São múltiplas as áreas onde minha ignorância ultrapassa o limite do possível, do aceitável. Já não me refiro às ciências físicas e biológicas. Mas ao estrito campo das artes, ao qual sempre me dediquei. Sempre tive interesse. Mesmo aí, a dança e a pintura são incógnitas para mim. As grandes incógnitas na equação da minha vida.


Neste mes de agosto iniciei uma aproximação ao desenho. Assim que finalizei a leitura de "Do espiritual na arte" de Wassily Kandinsky.


É outro mundo.


Coisas nunca pensadas por mim se fizeram presentes diante do meu espanto. Som, cor e formas adquirindo temperatura e penetração na alma. A arte como forma de tocar o espírito mais ou menos calorosamente. Se aproximando e se distanciando da alma.


Na música isso sempre me foi evidente. Mas Kandinsky trabalha com diversas formas de manifestação artística, estabelecendo entre elas uma conexão: um círculo e dois semi-círculos fazem o salto de uma bailarina; os ângulos formados por duas retas assumem tonalidades mais frias ou mais quentes.


Admito. Me é difícil compreender, assimilar neste primeiro momento de aproximação. Mas algo me diz ser um novo caminho a desbravar.


Afinal, um novo desafio.


E a vida sem desafios perde seu sabor/valor.


E o melhor a pensar: não há ninguém com quem competir senão com as minhas limitações.


Até porque, segundo Gandhi: "Vitorioso é o que vence a si mesmo".


Paulo Cesar Fernandes

30 08 2013

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

20130821 Escrita

Escrita


Por vezes me vejo a escrever à moda portuguesa.
Outras tantas espanhola.


Que somos afinal?

Senão imenso apanhado de linguajares e sotaques.
Pedaços do Brasil não desapegam de mim no meu falar e na minha escrita.



Definitivamente meu estilo...
É a diversidade, ou o não-estilo.



A negação de tudo capaz de encadenar a ideia.

Ideias nasceram para a liberdade e nunca para cadeias.


Que escrevo eu afinal?
Ideias.
Boas ou más.
Medíocres em geral.



Mas nunca escrevo para agradar ou adular.
Nunca escamotear qualquer coisa do real.

Meu pensar e meu dizer são feitos "na lata".
Sem falsidades e sem apologias.
Se gosto, gosto.
Se odeio, critico.
Ao banal deixo-o por si mesmo.
Ele se basta, não precisa de minha opinião.



Registrador da vida. Antena do mundo.
Ser pensante.
Ora feroz, ora doce.
Mas sempre hambriento de Justicia.



Paulo Cesar Fernandes

21 08 2013

Nota:

"na lata" - coisas ditas nuas e cruas tal como a sente o emissor. Sinceridade infantil.
Um japones colega de trabalho achava que eu sempre dizia as coisas "na lata" seja com quem fosse.
Uma verdade. Mesmo lá na I.B.M. onde nem sempre a sinceridade era o padrão.
"Se não quer ouvir não pergunte." - ressaltava eu.

20130822 Leon Gieco Mensajes del Alma Meditaciones


Leon Gieco_Mensajes del Alma   (2005

04 Halleluja (Aleluja

Madre que un día me pariste
que un día me perdiste, aleluya
padre yo que adoraba
pero me abandonabas, aleluya
 

Libre de haber amado tanto
libre de haber odiado, aleluya
en la biblia muchas veces dice
ojo por ojo, diente por diente


Maestros libres de mandamientos
atados sin aliento, aleluya
patria dicen debo amarte
pero sin molestarte, aleluya

 
Oro todo mis ideales
no hay precio para nadie, aleluya
en la biblia muchas veces dice
ojo por ojo, diente por diente.


Tu eres el sol yo la luna sola
tu eres el rey yo la corona
yo tengo hambre tu eres el pan
eres la razón la de mi vida


Oro todo mis ideales
no hay precio para nadie, aleluya
en la biblia muchas veces dice
ojo por ojo, diente por diente.
 

Tu eres el sol yo la luna sola
tu eres el rey yo la corona
yo tengo hambre tu eres el pan
eres la razón la de mi vida
 

Madre que un día me pariste
que un día me perdiste, aleluya
padre yo que adoraba
pero me abandonabas, aleluya


Libre de haber amado tanto
libre de haber odiado, aleluya
en la biblia muchas veces dice
ojo por ojo, diente por diente


|: Tu eres el sol yo la luna sola
   tu eres el rey yo la corona
   yo tengo hambre tu eres el pan
   eres la razón la de mi vida:| 3 veces
 

Cuantos son los hijos de nuestros pueblos abandonados por sus padres, por la sociedad y por el Estado?

Cuantos son acollidos con amor en nuestro mundo?

No me refiero tan solo a Latinoamérica. El mundo es lleno de abandonados en todos los países, centrales y periféricos.

La Tierra es un planeta de padre no-padres y de madres desalmadas.

Ciertos son los animales a cuidar de sus crias.

Al chico del barrio nadie cuida. El hambre los saca de nuestros ojos y seguimos con a alma tranquila por no más verlos ahí.

Eso. Exactamente eso es el Humano.

Necesitamos del Übermensch de Nietzsche.

Un Ser que tenga corazón y sensibilidad por su especie. Volver a lo que tenemos de animal en nosotros. Así nuestros hijos no más serán hechados por las calles de nuestros países todos.

Busquemos la animalidad del Übermensch.

Ahí tenemos la sencillez y el amor.

=

05 Del mismo barro

Cuando tenía sólo dieciocho
llegaba a Buenos Aires
era marzo de neblinas
del tren bajé temblando
parecíamos todos del mismo barro

 
Los almendros saludaban
al último gran verano
lamentaban no hacer más sombra
a unos gatos naufragando
parecíamos esperanzas caminando.

 
Dónde quedó, esa canción
quizás adentro del corazón.


Todavía quedaba algo
del libro de primer grado
se saludaban los pelos largos
cuando en las calles se cruzaban
parecíamos todos del mismo barro.

 
Lucy traía unos diamantes
de un mundo inesperado
Francia en colores del día domingo
marcha de los estudiantes
parecíamos esperanzas caminando.


Dónde quedó esa canción
quizás adentro del corazón.
Nunca creímos todo lo que nos pasó.

 

La Década de 60 llegó con sus remolinos en todos los aspectos de nuestra vida. En el aire teníamos un sueño que como una ola iba de continente a continente. País por país. En cada uno de ellos se armaba de una forma distinta pero revolucionaria.

Los viejos hábitos todos eran puestos abajo. Instituciones, lo mismo. Éramos jóvenes y tomamos la vida en nuestras manos.

Éramos del mismo barro, pero perdimos contingentes. Muchos y muchos contingentes han sido muertos, unos por las drogas y otyros por las dictaduras; aún otros han adherido al “stablishment” por ser más fácil y cómodo.  

A pensar todo eso es algo nostálgico. Pero es una nostalgia llena de actos y vivencias jamás olvidadas por sus protagonistas.

Estábamos en el palco. Éramos el centro del mundo. Teníamos por marca el pelo largo y el viento a tocar en nuestra cara, como una caricia, nos trayendo la más fuerte sensación de Libertad. Éramos la Libertad. Personificada en muchos seres, en muchas formas de expresión artística, en muchas voces por todas las calles del mundo. “Clapton is God” en los muros. Teníamos nuestros nuevos ídolos. Alvin Lee. Los Beatles, la más bella banda de todos los tiempos. “Revolver” el turning point de una carrera artística. El más bello dibujo de los LPs de siempre.

 

León. Tienes razón:

 

Dónde quedó esa canción

quizás adentro del corazón.

Nunca creímos todo lo que nos pasó.

 

 

Paulo Cesar Fernandes

22 08 2013

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

20130820 Multidão mundial

Multidão mundial


Do pó viemos
Ao pó volveremos
E pasmem
Somos pó.
 
 
Milhares de milhares de grãos.
Pó. Apenas pó é a individualidade.
Pó e solidão.
Nada mais une os grãos.
 
 
Individualidades fortalecidas.
Sabedoras de Si como Ser.
Confrontando outros grãos.
Partilhando ideias.
 
 
Grãos pensantes.
Mas pó.
Grãos sem verdade possível.
Unidade indivisível.
 
 
Grãos lado a lado.
Mas seguem sendo pó.
Imortalmente sós.
Imortalmente pó.
 
 
Um grão produzindo arte.
Um grão esparzindo ideias.
Com tesão e ideologia.
Traçando seu próprio caminho.
 
 
Do pó viemos.
Ao pó volveremos.
Somos ainda e sempre.
Pó.


Paulo Cesar Fernandes

20 08 2013

terça-feira, 20 de agosto de 2013

20110625 Negro, magricela e refugiado.


Negro, magricela e refugiado.

 

“Hoje é difícil pensar que uma benevolência divina zele sobre o mundo onde há tanta miséria, guerra e sofrimentos. O decisivamente importante é que com Deus ou sem Ele, cabe a nós mudar o mundo. Nossos males não resultam de descuidos ou cochilos divinos: são provocados por nós, pelo mau uso da liberdade. Se os provocamos, somos também capazes de corrigi-los.”

Amartya Sen “Desenvolvimento como liberdade”

Eu sou de corpo, sou de alma, de sentimentos, de emoções, tristezas e alegrias.

Tu, desse outro lado do papel, fiques atento. Tu és de corpo, és de alma, de sentimentos e emoções, com as tuas tristezas e com as tuas alegrias.

Nisso.

43 milhões de refugiados habitam a Terra em 2010 segundo dados das Nações Unidas.

Sabes o que é um refugiado?[1]

Uma gente que tem corpo, alma, e nada mais, uma vez que vivem num “não local”, num país que não é o seu, que não lhes diz respeito; para onde, pelos mais diversos motivos foram obrigados a migrar. Para sobreviver às guerras[2] travadas entre lideres tribais; guerras por motivos religiosos, ou pela simples intolerância religiosa dos ocupantes do poder no país de origem.

Cada vez mais eu admiro os ateus!

Habitam em grandes acampamentos coletivos, sem a menor privacidade. O prato de comida trazido às suas mãos é a certeza de sua sobrevivência até o dia seguinte. Este prato lhes chega às mãos pela ação do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), e de outras entidades voltadas para a mesma causa.

43 milhões. Já pensastes?

43 milhões de espíritos com poucas/parcas possibilidades de auto-realização, enquanto espírito mesmo. Vivem para sobreviver apenas. Que progresso seria possível em tais circunstâncias? Haveria limitantes à evolução?

Richard Hardy e Toni Negri têm um livro chamado “Império” cuja tese central é que se foram por terra os dois grandes blocos do mundo: Comunistas x Capitalistas, foi ao chão a Guerra Fria. O que se formou hoje, foi um grande conglomerado que domina a vida de todos nós. Esse Império não tem sede central, é de alguma forma não identificável, se espraia ao longo de todo o planeta. Embora esteja claro quem são os seus beneficiários; e também aqueles outros, os que garantem a vida boa desses poucos.

Esses milhões de pessoas vivendo em tais condições de vida são a vergonha maior de qualquer sociedade minimamente digna.

E tu leitor? Não ficas pasmo, nem indignado?

Muitos intelectuais de valor se somam às entidades internacionais como a ACNUR, divulgando a barbárie advinda destes tempos de Pós-Modernidade. Pensadores de idéias divergentes e até antagônicas em tantos outros aspectos convergem no processo de solidariedade militante se valendo de suas palestras, e de todos os locais onde caiba a denúncia a tais disparates. Até porque o silêncio é sempre covarde e conivente.

Condições sociais indignas, advindas dessa globalização torpe e assassina, acabam por estancar o processo de desenvolvimento espiritual de toda essa massa humana.

Parece evidente que, mesmo sob tanta indignidade, possa emergir alguma voz lúcida e capaz de denunciar, dizendo alto e bom som de todas as humilhações, dores e condições ultrajantes que esse contingente populacional é submetido.

Talvez uma voz, do outro lado do papel possa intervir:

_”E nós no Brasil, que temos a ver com o Congo, Senegal, essa gente lá de longe? Já não bastam nossos problemas? Ainda mais essa gente. Não sabemos nada deles. Prá que isso?”

Uma coisa é certa: a nossa ignorância não nasce de nenhuma atitude de algum desses 43 milhões de seres humanos. Desses irmãos, no sentido mais fraterno que essa palavra possa carregar/referir.

Enquanto jornalista, formado e consciente das responsabilidades que tal diploma acarreta, fica impossível calar ao fato de que notícia para os donos dos MCM (Meios de Comunicação de Massa) não é o que tenha maior relevância, humanisticamente falando. Daí a importância e destaque dado à última jóia que a modelo da moda comprou. Uma modelo que sequer sabe onde se situa o Congo Belga, ou República Democrática do Congo, um país que perde periodicamente mais gente morrendo de fome, que os cliques semanais dos seus paparazzis, ou que as mensagens dos seus seguidores no Tweeter.

Mortos de fome. Espíritos que em toda a sua existência terrestre jamais tiveram o aconchego sequer de uma cama com os lençóis recém-lavados.

Uma dúvida bate forte em mim:

_ Somos ou não somos culpados de nossa ignorância/desinformação quando o universo que nos cerca é um turbilhão de informações sem fim?

Nestes Tempos Líquidos[3], quando tudo é fugaz e talvez sem importância eu paro o tempo, e reafirmo que para mim, a partir de agora importa, e importa muito, que não mais calemos às misérias humanas. Buscando sempre saber mais e mais de todas as misérias que assolam o mundo.

Etapa primeira: conhecer as misérias todas, absolutamente todas.

Etapa segunda: denunciar sem medo, tanto as misérias materiais, como as misérias morais.

O mundo precisa. O mundo espera pelas verdades todas, e isto causará a dor; mas uma dor bem menos intensa que as 43 milhões de dores vividas nalgum lugar do mundo em cada amanhecer.

Pela verdade e pela vida!!!

Sempre.

Paulo Cesar Fernandes
25/06/2011

 
P.S.: Dói saber que em 2013 deve estar pior.
 



[1] Segundo a Convenção das Nações Unidas relativa ao Estatuto dos Refugiados, mais conhecida como Convenção de Genebra de 1951, refugiado é toda a pessoa que, em razão de fundados temores de perseguição devido à sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política, encontra-se fora de seu país de origem e que, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer regressar ao mesmo.(Fonte: Wikipedia)
[2] Guerras fomentadas pelos países centrais da Europa e EUA com o único objetivo de lucrar na venda de armas.
[3] Título de um livro do polonês Zygmunt Bauman. Intelectual algumas vezes referido pelos convidados do Café Filosófico, exibido pela TV Cultura aos domingos 22h.

sábado, 17 de agosto de 2013

20130817 A Escola e eu

A Escola e eu


Eu sou o João, João Paulo, eu tenho 8 anos de idade, e estou aqui para contar para você como eu perdi o medo da escola.


Eu também acho, agora que tenho 8 anos, que ter medo da escola é besteira. Mas eu não achava isso quando eu tinha 5 anos.


A gente vivia brincando na rua, e meus amigos que eram mais velhos que eu, tinham 7 ou 8 anos já estavam na escola.


Eles sempre falavam da escola. Diziam que tinha lição para fazer, que a professora era brava, que ela queria ver o caderno toda hora, ...


Na frente da casa do Mário Rubens lá na Rua Pasteur no Gonzaga em Santos os mais velhos viviam falando aquele monte de coisas e eu ficava só olhando, ouvindo e pensando ...


Chegava a hora deles se preparar para a escola eu ficava sózinho, e ia para minha casa brincar com os gatos no porão. Mas sempre gostava de ver eles sair com o uniforme azul de gravata pendurada no pescoço.


Eles falavam coisas ruins da escola, mas eu queria ir, queria ver como é que era aquilo. Às vezes eu passava a tarde querendo saber se escola era bom ou era ruim.


_ Mãe, escola é ruim ?


_ Quem te disse isso meu filho, é lá que você vai saber como é a vida, a natureza, os números e um mundo de outras coisas.


_ Hamm.. Mas não é chato não ?


_ Filho, só tem um jeito para saber, é você ir lá. Falta pouco, o ano que vem você já começa.


À medida que o tempo passava eu ficava mais impaciente para ir para a escola.


No fim de tarde, quando eu esperava meus amigos voltarem da escola prá gente brincar, eu ficava olhando, prestando atenção : eles voltavam contentes, brincando um com o outro. Afinal não devia ser assim tão ruim.


A Escola


Um dia, no final da tarde, uma dessas tardes de sol quente, que nenhuma folha se move nas árvores, minha mãe e minha irmã chegam em casa cheias de pacotes. Tinham ido na cidade. Sabe o que tinha nos pacotes?


Todo o meu material da escola, uniforme azul com gravata de elástico e tudo. Eu fiquei muito contente. Não sabia se ia contar pros meus amigos ou se ficava olhando para aquilo um pouco mais.


Elas disseram que como eu queria muito, e elas também queriam que eu aprendesse muitas e muitas coisas. Tinham me matriculado na escola já que era fevereiro.


Dia seguinte saí para brincar bem cedo, me sentia melhor, ia com a turma para a escola. Como era aquilo ??? Eu ia saber afinal. Não via a hora de colocar o uniforme. No caminho para escola, pela Rua Tolentino Filgueiras junto com meus amigos eu ia brincando com com as cores preto e branco do calçamento e pensando com meus botões : “É bom”, “É ruim”, “É bom”, “É ruim” ...


Chegamos numa casa meio antiga, e a Arlete, uma moça magra e sorridente me dá a mão. Despedi dos meus amigos que cada um foi para a sua classe. Não sabia o que ia acontecer. Tinha um pouco de medo, mas a moça, segurando bem firme a minha mão disse :


_ Você vai começar uma vida nova agora.


Ainda sem entender muito, sorri para ela, que me beijou e me levou para apresentar D. Ana.


O primeiro dia


Sentado no meu lugar na sala de D. Ana fiquei olhando as paredes.


Eram paredes altas, de um azul bem clarinho, cheia de quadrinhos com o Pato Donald, Tio Patinhas, e um monte de outros personagens. Eu olhava as paredes, olhava o meu material e não acreditava que estava na escola.


Sabe! A D. Ana era uma pessoa legal. Era não, é, ela continua dando aula na escola, eu é que já estou em outra classe.


D. Ana tinha uma voz tranquila, mas não era uma dessas vozes “boca mole”, que a gente tem vontade de dormir. Não. Eu prestava atenção em cada palavra. Eu sabia. Eu tinha certeza que ela gostava de todos nós. Ela usava uma calça jeans e um camisão por cima.


Fiquei olhando, olhando ...


_ Bem, agora nós vamos fazer uma roda. É um jogo, o jogo do conhecimento.


A gente vai se apresentar dizendo o nome, o bairro onde mora, e três coisas que gosta de fazer fora da escola.


_ Hiii - eu pensei - tem que falar na frente de todo mundo.


_ Quem quer começar ?


Uma menina baixinha, de olho redondo como uma bola começou:


_ Sou Ana Paula, moro aqui perto no Gonzaga, e gosto de brincar de esconde-esconde, queimada, e ... hammm ... já sei, Mico.


A sala ficou quieta. Alguém mais teria que falar. Falei de vez para ficar livre : Sou João Paulo, moro na Rua Pasteur, no Gonzaga e gosto de bola, bicicleta e taco.


Respirei aliviado depois disso e fiquei prestando atenção na D. Ana. Ela olhava um por um da sala. Logo depois ...


_ Sou Mário, moro no Boqueirão e jogo bola, video game ... e ...basquete no clube.


A sala se calou novamente, e se a professora não empurrasse não saia nada. Ninguém mais falaria.


_ Quem mais tem lingua nesta sala? Quero ver. Todo mundo mostrou a lingua.


_ E por que só três falaram ? Pouco a pouco foi saindo :

_ Beto, Vila Belmiro, bicicleta, cachorro e bola.

_ Vanessa, Campo Grande, conversar com as amigas, queimada e bicicleta.

_ Pedro, José Menino, bicicleta ...


_ Que mais você gosta? - perguntou D. Ana.


_ Chi, professora não sei. Um passarinho passou bem na janela e pousou no fio do poste. Era bem pequeno, devia ser bem novinho. Pus toda minha atenção nele e esqueci do mundo.


_ E agora só falta você. Tomei um susto. Fiquei olhando o passarinho e varios colegas tinham falado. Tive vergonha e fiz de conta que nada tinha acontecido. Ainda bem, ela não perguntou nada prá gente do que os outros tinahm falado.


Fiquei olhando a professora meio desconfiado, mas estava tudo bem. Aquele sorriso gostoso andando ora dentro ora fora de nossa roda.


Na saida eu tinha combinado de esperar meus amigos.


Eles estavam demorando e eu estava ficando triste e com medo. Foi quando Arlete com seu sorriso tranquilo e jeito de menina me tranquilizou dizendo :


_ Você vai com seus amigos, não? Já viu eles no campo de futebol ? Eu, que nem sabia do campo de futebol fiquei de olho aberto.


_ Campo de futebol? Onde?


Ela, com a paci6encia que era sempre dela pos a mão na minha cabeça, dizendo não ter me mostrado a escola na entrada pois eu tinha chegado atrasado naquele primeiro dia.


_ Mas não foi culpa minha. Meio dia eu estava pronto. Eles é que atrasaram.


_ Muito bem. - disse ela - agora nós vamos ao campo de futrebol avisar seus amigos que você está comigo e vamos ver a escola toda.


E assim foi. Passamos num monte de salas: era sala de química, sala de biologia, sala de computador que eu queria brincar. Olha!


Tinha muita sala mesmo, e eu nem entendi tudo o que ela falou naquele dia. Mas enfim a escola estava vista.


Ouvi a voz dos meus amigos gritando gol lá embaixo. Falei que queria jogar e Dona Arlete me atendeu na hora.


Cheguei no campo e meus amigos já estavam pegando o material, se preparando para ir embora. Eu queria jogar. Por mais que tentasse não teve jeito. Um ia para o inglês, outro pro clube, voltei prá casa de mau humor.


_ Mas nem uma partidinha de 3 né!


Eles riram e quiseram apostar corrida. Na Tolentino, enquanto eu corria o vento batia no meu rosto e eu pensava : "Se for sempre assim, escola é legal”.


Segundo dia


Acordei contente, já pensando em jogar um pouco de bola de manhã, e matar a vontade de usar o campinho da escola no fim da tarde.


_ Não contei prá voce leitor sobre o campo. Preste atenção! É um campo de cimento liso, não muito grande, com as traves de ferro pintadas de preto. Hoje eu acho pequeno, mas naquele ano tava bom prá mim. Hoje eu jogo com o pessoal da rua na praia, e a gente faz a marcação do campo na praia bem grande. Tem dias que até os cara grandão vem querer jogar bola com a gente. Mas deixa eu contar daquele dia.

_ Então, eu acordei e já fui pensando em jogar na escola. Quando sai na rua não tinha ninguém. Sentei na porta de casa e fiquei pensando do que eu ia brincar.


Videogame é chato, mico precisa de alguém, dominó também.


Andei de bicicleta.


Tinha dado algumas voltas no quarteirão e o pessoal começou a aparecer. O primeiro foi o Mário Rubens que chegou com uma baita cara de sono. Trazia dois tacos, duas latas de óleo e uma bolinha velha de tenis. Queria jogar taco a todo custo. Faltavam dois. Chamar alguém era ruim, deviam estar dormindo.


Fizemos algum barulho com as latas. O pessoal começou a aparecer rapidinho, e foi taco até a hora do banho. Tinha três duplas, quem perdia caia fora.


Mais um dia de atividades


Já era o fim da tarde e o sinal não tocava. Na frente da sala um relógio desses que a gente tem na cozinha de casa dizia que eram quatro e meia, não aguentei:


_ Professora quando é que o sinal vai tocar? Parece que o sinal me ouviu perguntar, foi acabar de falar e ele tocou. Futebol
enfim. Saímos da escola suados de tanto jogar. Foram seis partidas de dez. Jogamos com o pessoal do quarto ano mas não ganhamos.



Na volta da escola, pela Avenida Ana Costa, íamos animados comentando os melhores lances.


Chegamos em casa. Ai. Chegamos em casa.


Quando entro em casa só vejo minha mãe com as mãos na cabeça.


Parece que eu não estava com uma cara muito boa. Segui para o meu banho calado, sob uma chuva de palavras de minha mãe.


Trancado no banheiro eu dei risada, afinal, ela nunca ia entender a alegria que a gente sente quando passa por um monte de gente, chuta, e a bola vai direto, bonitinha, deitar lá no cantinho da rede.


Banho tomado. Ânimos mais serenos na casa, boto um sorriso nos lábios e caminho para a cozinha dizendo :


_ Mãe, escola é bom. Ela, que ainda estava de cara feia, estampa um sorriso no rosto e, ainda enxugando as  mãos, me dá um abraço bem apertado.


Paulo Cesar Fernandes

17 08 2013

20130817 Café Filosófico_O pensamento


 

O pensamento

 

Viviane Mosé   (V_

Oswaldo Giacóia Jr   (O_

 

Viviane_ O que é a filosofia, a aprendizagem, o conhecimento?

Oswaldo_ Mudança de valores que afetam o herdado do humano. Nossa autocompreensão como seres humanos passa por um processo de transformação radical.

Somos herdeiros do processo do Esclarecimento (Iluminismo).

 
+++
+   "SAPERE AUTE" dito por Kant (1724-1804
+    Ouse saber. Ousar saber.
+++
 

O_ Iluminismo representa a liberação do gênero humano pelo livre uso do próprio intelecto. Com o desenvolvimento, o progresso da Razão, da Ciência e da Técnica se pensava ter encontrado a solução de todos os problemas internos e externos.

      O momento atual testa os limites da razão.

V_ Transformação do processo da racionalidade.

+++
+   Filme de Júlio Bressane "Dias de Nietzsche em Turim" (2001
+++

O_ Em ECCE HOMO. O próprio destino, a sua autocompreensão, autoreflexão e autocrítica da própria civilização ocidental. O homem é ciente de si, de seus valores e da moral.

   Transvaloração = criação de novos valores (algo que o próprio Nietzsche compreendeu.

   Vejamos:

   "Conheço o meu destino"
   "A vida do filósofo verdadeiro consiste na experiência do pensamento."
   "Minha verdade é temível."

                                             Nietzsche

V_ Somos seres humanos com infinitos desafios. Mas o pensamento nos caracteriza e distingue.

   "Precisamos de uma Grande Política, isto é, uma nova experiência no domínio do pensamento." Nietzsche

   Como nós, através de nosso pensamento, nos relacionamos com o mundo exterior. Esse mundo desigual, cheio de problemas, etc. ?

Produção do programa:  "A filosofia é a grande gestora dos interesses supremos da humanidade." - Kant

 

O_ Compete à folosofia assumir a tarefa que sempre foi sua, desde os primórdios: a tarefa do pensamento. A filosofia é filha da Polis (cidade) e nasce em virtude de necessidades típicas essencialmente humanas:

   + lugar do homem no mundo;
   + sua inserção no cosmos;
   + sentido de sua existência;
   + convivência política;
   + relação com os outros e consigo mesmo.

 
   Resgatar a essência do pensamento em se desdobrar sobre si mesmo.

   Michel Foucault (1926-1984) chama isso de "insigth"

+++
+   Eu preferiria pensar em Hegel.
+   Na sua proposta de dialética do pensamento.
+   O enfrentamento de pensamentos contrapostos. PC
+++

O_ Ontologia do presente

   O que estamos fazendo de nós mesmos? Essa é a tarefa da filosofia. Pensar não para metabolizar o passado, mas para ver diferente do que se ve. Pensar diferente do que se pensa, ou do que se pensou.

   O esgotamento dos valores pode nos congelar naquilo que já se perdeu.
   Chegar a um deserto, esterilização de possibilidades de novas alternativas, novos projetos políticos.
   A existência desse risco Nietzsche chama de "barbárie civilizada". Um paradoxo.

          (Paradoxo = Civilizada como, se é barbárie?  PC

   Esteriliza um campo que, se fosse cultivado poderia gerar novas formas de vida.
   BARBÁRIE => pelo pensamento gerar maneiras de pensar e de ser desertificadoras.

+++
+   Talvez tal qual o niilismo?   PC
+++

   Erudição gera distanciamento entre o pensamento e a vida, e um desencantamento do mundo.
   Uma fragmentação da cultura em especialidades, impossibilitando uma unidade totalizadora.

   Que é Barbárie para Nietzsche?

   Um saber especializado levado ao extremo, o que acaba transformando em mercadoria todas as áreas do saber.

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+   Nessa barbárie de Nietzsche não estaria presente a aversão de   +   Martin Heidegger com relação à técnica?
+   O foco nas coisas, deixando de lado a essência do Ser?
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 O_ O presente nos coloca novas questões para as quais não temos respostas.

   O fato de Nietzsche ser um crítico feroz, acabou por ocultar o seu lado propositivo. Apenas se divulgaram dele as propostas na qual ele filosofa "a marteladas":

      . fim da religião;
      . fim da omoral;
      . morte de Deus.

Produção do Programa:

   Para Kant "é impossível qualquer conhecimento sobre Deus."
   Para Sartre "Deus é uma contradição."
   Para Nietzsche "é necessário decretar a morte de Deus para libertar o nosso pensamento."
  "Minha filosofia de fato anuncia a morte de Deus." - Nietzsche
   "Os homens não se desembaraçaram da sombra de Deus." - Nietzsche

O_ É como o Absoluto perdido.


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+   Lembras das obras de Erich Fromm.
+   Da nostalgia do homem com relação a um paraíso perdido.
+   Paraíso que possivelmente seja o útero materno.
+   Ou seu desligamento, seu apartamento da natureza.
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   Nos aferramos a Deus pois não nos acamos suficientemente seguros para ensaiar novas formas de pensamento sobre o tema.

Produção do Programa - PENSAR O NOVO
 

V. Quando uma parte da casa desaba nós colocamos estacas para a sustentar. Na atualidade muitas coisas estão desabando e nós colocando estacas em cada uma dessas coisas:

    . as subjetividades;
   . os valores morais; etc.

   Acabamos não buscando novos valores e nos aferrando nos velhos valores como solução.
   Devemos cuidar para não retroceder diante do novo. Por maior angústia esse novo nos apresente.

O_ Sem dúvida. O novo nos desaloja dos redutos confiáveis. Nos sentimos familiarizados com os caminhos conhecidos. E nos sentimos desconcertados e desafiados diante do novo.
   Novos processos, novas vivências sem prévias experiências, para alguns de nós é um caminho insuportável. O velho modo é mais fácil.

V_ A morte de Deus de Nietzsche não mudou a prática das pessoas com relação às Igrejas. Mas as Igrejas são túmulos.
   Deus é um signo apenas, não ais é o sagrado. Há um surto de religiões prometendo a prosperidade. O esvaziamento de Deus.

Produção do Programa - PENSAR DIFERENTE EXIGE CORAGEM

V_ Nietzsche nega a racionalidade ocidental.

   Egipcianismo = mumificar o assunto. Isola o conceito do resto do mundo.
   Necessidade de recuperar o caráter explosivo do pensamento.

   "eu não sou um homem,
    sou uma dinamite."

                       Nietzsche

O_ A tendência de transformar o objeto de reflexão (conceito) em museu, Nietzsche não ve como uma característica do filósofo, mas do professor de filosofia.
   O filósofo não é assim.
   Nietzsche diferencia os operários da filosofia (professores), dos verdadeiros filósofos.
   Entre os operários se encontram figuras respeitáveis como Descartes e Kant.
   Para Nietzsche o filósofo é aquele para o qual a relação entre a filosofia e a vida é indissociável. E nesse sentido a filosofia é uma coisa que brota do corpo.


Produção do Programa = DUALIDADE CORPO E ALMA

O_ Quando Nietzsche diz "minha filosofia brota das minhas entranhas; "eu escrevo com sangue"; "só tem sentido para mim as verdades sangrentas"; quer ele dizer que sua filosofia é a transfiguração conceitual das próprias vivências. E essas vivências são mente e corpo ao mesmo tempo.

   Existe uma unidade fisico-psicológica de mente/corpo e é isso que vive, queiramos nós ou não. E é isso que pensa. Isso que pensa não é eu, pois o pensamento pensa a si próprio.

   O pensamento existe para ser pensado. Está lá. E em determinado momento da história da humanidade aparece um sujeito que pensa esse pensamento.

   No fundo, no fundo, o sujeito é o próprio pensamento.

   Nietsche não é o sujeito   empirido   mas o que fez de sua vida a filosofia do pensamento. Que fez do seu corpo campo de experiências do pensamento, e se comprometeu com isso prá valer até o fim.

   Portanto o eu, o self psicológico não tem nada a ver com a consciência, que é outra coisa completamente diferente.

Produção do Programa = ALARGAR AS FRONTEIRAS DO PENSAMENTO

O_ Somos herdeiros de milênios de História da Civilização calcada em um método que separa sujeito e seu objeto.

   O pensamento se coloca no plano cognitivo da ciência e no plano ético do agir totalmente antropocêntrico, ou seja, o mundo, o ambiente é objeto de minha representação. E essa representação eu posso manipular, objetificar, controlar, prever, calcular, etc.

   Do ponto de vista ético somos totalmente caldatários de uma maneira de pensar e agir que faz do homem a coroa da criação.

   Os seres que possuem valor ético são somente os seres humanos. Somos medularmente esquizofrênicos, pois não percebemos que transformamos de alguma forma o objeto de nosso delírio precisamente o que nos sustenta, que nos suporta.

   Esse delírio de onipotência pode nos levar à catástrofe se não despertarmos a tempo.

   A filosofia pode nos ajudar a evitar que o sonho se transforme em pesadelo.

   Como é possível alargar as fronteiras do pensamento?

   Ensaiar formas de subjetividade que ultrapassem os modelos até então fornecidos a nós pela nossa tradição da História da Cultura. Não é nada novo isso.

   Freud já tinha descoberto isso.

   Nem o que chamamos de EU ou de EGO é coincidente com o que chamamos de consciência.

   O que resta na avançada ciência do conceito da subjetividade?

   A meu ver muito pouco. E seria outro campo de experimentação do pensamento. Justamente a reflexão sobre as novas formas de subjetivação.

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Assistido o video em 16 08 2013
Digitado em 17 08 2013

Paulo Cesar Fernandes
 
17 08 2013