Dizia eu a uma salvadorenha, em noites de chuva te fazes mais poética, e mais bela.
A gota pendente no fio, me trazendo a luz do poste, é toda ela um poema.
Mara e Ticão do livro do Blues.
Ana e Almir do Conto "Admiração" são filhos teus, assim como eu.
Por que te dou mais filhos?
Que mágica há nesta minha relação contigo?
Por te conhecer?
Por andar pelas tuas calçadas, e apreciar cada mudança de cada rua, nos mais diversos bairros?
Por estares em mim toda, ocupando cada espaço do meu coração?
Não tenho a resposta.
Sei apenas.
Entre os morros e o mar se incrustou uma jóia.
Beleza rara, sentir profundo.
Um povo calmo e amoroso.
Teus filhos carregam a malemolência do bom viver.
Um viver sem pressa.
O tempo é sempre todo teu.
Entre o morro e o mar se deita bela a mulher santista.
Ousado recato, olhar de sensualidade.
Ela é toda amor.
Fala mansa e serena.
Morena és tu.
Minha pequena cidade.
Porto de paz, nas tormentas da vida.
Ter-te em mim, e estar em ti.
É minha mais grande alegria.
Justo eu.
Duplamente santista.
Santista de chapa.
Maternidade Anglo-Americana. Gonzaga.
Santista de time.
Da Vila Belmiro famosa, onde moro.
Já te disse uma vez minha Cidade de Santos.
Tu e eu, somos apenas um.
Paulo Cesar Fernandes
26 01 2013
2013 Ano 1 da Era da JUSTIÇA
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