segunda-feira, 21 de abril de 2014

20140421 Mente aberta

Mente aberta


O nosso pensamento deve estar sempre pronto a se revisar e reestruturar. Liberto de todas as instituições, e de todas as teorias já estabelecidas. Liberto de qualquer ortodoxia.


Dessa forma, para prosseguir em minha caminhada de apreensão da Lei Natural, eu devo me despir do Marxismo-Leninismo; do Kardecismo; do Kantismo; Hegelianismo; Heideggerianismo; e qualquer ismo capaz de apor limitantes a minha maneira de buscar o conhecimento.


A busca do conhecimento deve ser a viagem mais aberta e livre que a alma pode fazer. Como chegar a algum lugar, se eu estabelecer antecipadamente que Luc Ferry e Alain Renaut são de direita; que Cornélius Castoriadis e Jean-François Lyotard são de esquerda; que Alexis Tocqueville e Montesquieu são liberais e não merecem nosso olhar?


Isto é estabelecer limitantes. Acanhamento mental.


Certa noite, uma pessoa que eu tinha em alta conta, se referindo a Nietzsche disse: "Aquilo é um louco."

Conhece essa pessoa a obra de Nietzsche?

Ou condena por ouvir dizer?


Para nos posicionarmos ante uma obra de tal envergadura, necessário é estudá-la em primeiro lugar, para só depois disso emitirmos nossa opinião. Assim é em qualquer área do conhecimento.


Se hoje não me vinculo a nenhum "ismo", é para poder ter liberdade de análise e de opinião. Devo dizer. Eu estudo todos os dias temas de filosofia, de sociologia, e temas do espiritismo. Todos os dias. Isso me faculta uma posição diante dessas disciplinas? Sim, pois as tenho como disciplinas de estudo. Mas não me julgo conhecedor em nenhuma delas. Apenas estudioso. Tomo de cada uma delas os autores mais conceituados, podendo inclusive errar na escolha desses autores. Mas é o meu caminho de apreensão das Leis Naturais.


Cada qual sabe de si. Cada qual escolhe e estrutura o seu caminhar.


Por não dever nada a ninguém, e não ter a ninguém como mentor ou tutor, tomo a estrada mais conveniente ao meu viver.


Um ano atrás descobri as Fitas do Ateísmo, e estes vídeos vem agregando novas perspectivas de raciocínio a tudo quanto já havia concebido. Ao mesmo tempo, eu redescobri os intelectuais latino-americanos, tão importantes na minha formação de jornalista. Estes me trouxeram a milenaridade dos conhecimentos de nossos
Povos Originários, aos quais passei a defender; pois, defender a esses povos é muito provavelmente defender a todo o nosso passado ancestral. É atender a nosso Senso de Justiça. E op faço por mim, mais que por eles. Questão de consciência tranquila.


Afinal...


Há uma interconexão entre todas as coisas, e nos limites de nossa compreensão preconceituosa muitas vezes descartamos coisas válidas, junto aos evidentes equívocos.


Onde atua o preconceito não pode haver rigor científico.


Para fazer a caminhada no sentido das Leis Naturais tive de me despir de tudo, e iniciar um processo intelectual como partindo de uma tábula rasa.


Estou agora, ainda, no início da caminhada; vai daí, tenho a plena consciência do espaço faltante. Mas, não é tarefa para uma vida tão somente. Bem o sei.


No transcurso dos séculos vindouros chegarei mais e mais perto desse conhecimento. O Tempo é meu aliado.


Paulo Cesar Fernandes

21 04 2014

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