Virtualidade do tempo
Penso no tempo ou este me pensa?
Existe o tempo linear como um string de segundos?
Ou o real é o tempo psicológico; o tempo do Ser, do espírito?
Quando uma tarefa me absorve não há tempo.
Quando escrevo um texto, um poema por exemplo.
Mas o tempo se arrasta nas desagradáveis ocasiões. Aquele sinal fechado, justo hoje com todo esse meu atraso. Segundos tirânos.
Afinal, o tempo é mesmo? Ou mera ficção?
Tempo geológico. Digital. Analógico. Tempo.
Tudo não passa de uma grande virtualidade.
Atuamos ora de uma forma, ora doutra. Sem regras. Verdades. Nada de certo ou errado.
Somos momentos apenas. Sem relógios capazes de registrá-los, mas com marcas na alma por eles deixados.
Somos atemporais e oníricos, vivendo a existência muito mais amplamente que os estreitos limites do berço e do túmulo.
Tudo se alarga.
A existência apenas concretiza a virtualidade do tempo.
Paulo Cesar Fernandes
23 09 2013
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