Texto
Assim, do nada, me nasce um texto.
Vendo TV, andando pela cidade, olhando a casa pintada, olhando as ruas de Santos, ZAP... uma ideia aparece e se desenvolve, independentemente até de minha vontade.
Digo sempre da voluntariedade das ideias. Se não as registro no ato, elas se vão, ofendidas ou não, nunca sei.
Por vezes eu o construo palavra por palavra, com a calma de um pedreiro a colocar tijolo sobre tijolo. Diferente é o tijolo não poder ser tirado, e as palavras as mato com muita frequencia.
Uma segunda leitura do mesmo texto o refaz em parte. E mais das vezes encurtando. Objetivando. Secando.
Poucas palavras para dizer tudo.
Pouco para tudo.
Momentos outros há, cujas ideias vem aos borbotões. Mãos são lentas para a velocidade da mente. Eletricidade mental. VAP... Registrando... Registrando...
E na segunda leitura, as coisas anotadas na pressa e no sufoco, elas se desdobram e se abrem com maior clarreza. Se deixam ver em sua completude.
Trabalho e burilamento. Assim é o ato da escrita. Pelo menos para mim.
Escritores de verdade talvez tenham mais método, mais critério.
Sou apenas um que escreve.
Que comete o ato da escrita.
Paulo Cesar Fernandes
08 07 2013
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