20151028 Ciranda
Corria o ano de 1974.
De férias, perambulava pela noite do Recife.
De algum lugar vinha um som que não sabia donde.
Pergunto a alguém passante por mim.
_ É o Povo da Ciranda seu moço. Conhece não? Faça assim...
Não sendo longe lá estava eu na Praça do Povo da Ciranda.
Tímido e quieto estava no meu canto, apreciando com prazer a cantiga e a dança.
_ Venha, não fique aí parado. Venha!
Um espaço estava aberto e lá fui eu o ocupar. Desajeitado como um inglês ou japonês no samba.
Já estava me integrando quando achei mais correto apreciar.
Agradeci sorrindo e reuni as mãos a mim ofertadas.
Ainda hoje não sei se foi a dança e a música, ou se foi a atitude das pessoas o que mais me tocou.
Só e solto, na noite duma cidade desconhecida, recebo acolhimento.
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Edu Lobo
Cordão da saideira
https://www.youtube.com/watch?v=Vuf15ER5304
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E a Indústria Fonográfica nos impede de ouvir isso nas rádios deles.
Pois claro, são as rádios onde eles mandam, logo não são nossas rádios.
E ponto final. Quebramos a cara.
Paulo Cesar Fernandes
28/10/2015
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