terça-feira, 14 de maio de 2013

20130513 Somos o vento das Américas


"Tenha fé no povo que ele resiste,
tenha fé no povo que ele aguenta."
Milton Nascimento



Ricardo Vilca y sus amigos
Me projetam em 1980, nos Andes
Ponto mais alto de La Paz.
Só como nunca e como ninguém.
Vejo a cidade.
Telhados quadriculados demarcam casas
onde habita nossa gente, nosso povo.



Vento frio lambe meu rosto
Frio como o coração dos ditadores.
Como os soldados invadindo nosso hotel
Madrugada ia a meio
Passadas no corredor, tensão e pavor
Vão adiante, não eramos o foco.



Mas, o mesmo vento me chega,
E docemente me traz
O riso solto da cholita.
Solto como a sua urina
Correndo chão adiante atrás do muro.


Rimos e urinamos juntos
Povo com povo conversa sempre

De forma singular e doce
Nunca perde a identificação.
Mesmo sob rudes governos
Mesmo sob o tacão das botas

Há um elo popular capaz de unir o coração dos simples.
Por dentro da latinidad.



Forma, forja o Homem Novo sonhado por Ernesto:
Che Guevara em seus escritos políticos;
Cardenal em seu poetar insurgente.



Do alto de La Paz sonho eu.

Coisas do passado e daquele presente:
Latinamerinanidad!
Libertad!
Revolución!



O vento sempre vem.
Sempre renova.
Sempre destroi e arruina.
Permitindo reconstrução.



Bases novas.
Novas Bases Sociais.


Hoje Evo Morales, sonho não previsto, naqueles anos 80.


A Bolívia desprezada;
Renasceu!



O Paraguay massacrado;
desprezado;
renascerá!



Os Povos são os ventos
Renovam.
Trazem Bases Novas.
Ao porvenir!



Paulo Cesar Fernandes

13  05  2013

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