sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Valores em Tempos Liquidos

Uma reflexão do que por aí vai nestes Tempos Liquidos. E do que é perene e prazeroso em todos os tempos, em todas as eras da humanidade.
Duas personagens. Qual vive realmente? Existe diferença entre a sexualidade genital e a que se espraia além da percepção meramente corporal?
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O que? Teu namorado fala de amor? Tem certeza que ele é homem?
Menina. Homem não chora, o sentimento do homem começa e termina na genitália. No pintão mesmo. Vc acha que um macho pode chorar?
Que história de sensibilidade vc vem me falar? Hoje sensibilidade é coisa de idiota. O negócio é cargo, carro, dinheiro no bolso, aquele puta restaurante na Avenida Rebouças que Zeca me levou. Aquilo sim é... que é homem. Tem nada dessas babaquices de poeminha, chocolatinho na mesa.... Eu quero mesmo é curtir. Dou mesmo. Se o cara tem grana e sabe me levar em lugar legal eu vou e dou. Passo a noite onde ele quiser. Quanto tempo ele quiser. E se começar com nhé nhé nhé..... algo mais sério, compromisso, eu vou e pimba.
Um chute na bunda. Que sempre tem um cara com a chave do carrão logo ali. Pertinho da choperia. Basta uma roupa mais ousada, um batom, e o mais importante importante boa dose do peito para fora. Homem não resiste a um peito de fora. Se a roupa for meio transparente faço gato e sapato de qualquer um.
Só voce mesmo. Dez anos mais velha que eu e não aprendeu nada. Fica toda contente com o poema que o namorado mandou pelo correio.
Voce....
A cada passo que dava a espertalhona sentia que o calor das lágrimas que corriam davam mostras do imenso vazio que tecera para sua existência. E que o que mais sonhava era apenas ter um homem que tocasse seu corpo com respeito e carinho. Alguém com o qual pudesse dizer de suas alegrias, das tristezas e dos sonhos.
_Ca..... eu só fiz me iludir esse tempo todo. Mas agora não tem mais volta. Cade a bolsa. Preciso de uma cara melhor, alguns goles de chopp. O resto a gente vai tocando.
Enquanto o carro rodava a Avenida Ibirapuera se perguntava como seria receber um poema logo de manhã, dentro do travesseiro.
Moral:
O amor é sempre mais forte, quando se expressa em pequenas doses, pequenas atitudes plenas de carinho e entusiasmo juvenil, seja qual seja a idade do casal.
Paulo Cesar Fernandes
17/10/2011

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