segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Filosofia e Direitos Humanos - Aula 02


FAyA05_02

Filosofia Aqui y Ahora – Temporada 05 - Filosofia e Direitos Humanos

02 Satanás e os Direitos Humanos

02.1 O pecado na Idade Média (I.M.)

02.2 As Confissões de Santo Agostinho

02.3 A desobediência e o inicio da História Humana

02.4 O Poder e os Absolutos

 

02.1 O pecado na Idade Média (I.M.)

Idade Média – Que era o pecado?

 
Satanás foi o criador do pecado de Adão e Eva. Que ao descumprir com as determinações de Deus tiveram como castigo o trabalho: ganhar o pão com o suor do rosto.


Não posso concordar com a concepção do trabalho como um castigo. O tenho como um grande criador de oportunidades de aprendizado. Sem o trabalho na história da humanidade não teria havido o progresso

Paulo Cesar Fernandes

 
Essa desobediência proposta por Eva deu início à História da Humanidade. Exatamente no momento em que Eva questiona a ordem do Paraíso, e diz não, eu quero provar desse fruto chamado conhecimento.

Lembrar que essa concepção de mundo durou ao longo de 13 séculos. Tendo Deus como fonte da verdade e o homem à espera do Reino dos Céus; submetido que stava através da fé e do medo. Imposto este pelo poder eclesial/da igreja sempre em comunhão com os poderes temporais. Na I.M. com os senhores feudais.

Era tal a dominação que ninguém perguntava onde estava o Mal. Todos aceitavam que o pecado levava o homem a Satanás.

 

02.2As Confissões de Santo Agostinho

Nessas Confissões Santo Agostinho se coloca entre duas fortes paixões:

  1. Deus;
  2. A carne (sexo, os desejos, etc.

Sua pulsão sexual é tal que chega a afirmar:

“Deus, se me proibistes de pecar, por que pusestes tanto desejo em mim?”

Está presente neste homem a contradição. A proposta divina e o desejo presente em todos os homens. Veja bem que ele tem vontade de pecar, e essa própria vontade de pecar já é em si pecaminosa.

Imaginemos o conflito interior desse homem sincero, capaz inclusive de declarar seus pendores e seus desejos.

Mas, para a Igreja, o chamado da carne era o chamado de Satanás, destinando o homem ao inferno.

Torquemada, o inquisidor, queimava os pecadores. E todos os que se opunham ao Poder Eclesial e dos Senhores Feudais.


02.3 Desobediência: o inicio da História Humana

Na Idade Média (IM) não haviam direitos para o homem. Os direitos eram de Deus e só de Deus.

E os Direitos Humanos só podem se estabelecer onde haja a Liberdade. E a instituição do Pecado mata a Liberdade possível ao homem. Este homem não passa de mais um na grande manada da humanidade.

Satanas instiga Eva e se faz o pecado com a expulsão do paraíso:

Mulher (Eva)  »» proibição »» pecado »» carne »»»» Expulsão do paraíso.

Uma Desobediência que dá inicio à História da Humanidade, tendo a maça (árvore do conhecimento) como motor dessa expulsão.

Mas esse conhecimento é que traz ao Homem o discernimento entre o bem e o Mal. Através de sua Livre Decisão este Homem faz as suas escolhas existenciais.

    Paulo Cesar Fernandes

 

Qual o quadro na Idade Média?

·        Verdade   »»      Deus

·        Saber/Conhecimento      »»        fonte de dor; obriga o homem a ganhar o pão com o suor de seu rosto, dando uma conotação negativa ao trabalho; por outro lado o homem se torna dono de seu destino.

 

A Necessidade da carne  em contraposição ao Pecado proposto pela Igreja. Uma vida sem valor na Terra, sendo esta um “Vale de Lágrimas” apenas superado no futuro, pelo Reino de Deus a ser vivenciado após a morte.

Todo o sofrimento tem sua justificativa na medida em que é o único caminho capaz de levar o homem ao Reino dos Céus.

Nesse aspecto, as Bem Aventuranças do Sermão da Montanha, apesar de um belo poema, vão na mesma linha de raciocínio de diminuição do Homem. Propondo o Reino dos Céus apenas ao Zé ninguém estabelecido por Wilhelm Reich em “Escuta, Zé Ninguém”. Nada nem ninguém pode diminuir o valor do Homem. Tudo aquilo que tente isso busca dominar o homem e fazer dele um joguete nas mãos de alguma entidade autoritária e dominadora, aos quais devemos combater com todas as nossas energias.

Paulo Cesar Fernandes

 
02.4 O Poder e os Absolutos

I.M. foi um tempo de terror.

Todos os que desafiavam a ordem estabelecida (Igreja e Senhores Feudais) estariam em pecado. O Poder Feudal se une/liga à Idreja para propor/impor ao homem a promessa do Reino dos Céus. Mantendo assim sua dominação.

Na prática a Igreja nega Jesus  de Nazaré e queima Giordano Bruno; obriga Galileu Galilei a negar suas ideias.

A essência dos Direitos Humanos é a Liberdade, sendo a Igreja naquele momento histórico a personificação do autoritarismo. Vejamos:

Autoritário = Uno; Idéia única.

AntiAutoritário = Multiplo; possibilidade de contraposição de concepções ideológicas.

O Poder Autoritário se estabelece em todos os tempos como o Único Possivel. E todos aqueles que o neguem são tidos como inimigos desse poder.

Os Direitos Humanos fazem ruir a existência de Poderes Absolutos/Absolutistas ou Autoritários e são uma conquista importante da Sociedade Civil.

Se a Idade Média funcionou dentro do contexto do Absoluto da ideia de Deus.

Com o avanço da História nasce o Estado Democrático de Direito, tendo este por parâmetro uma Lei consensual definida no contexto da Sociedade. Em geral a partir de documentos qu expressem tais leis: Carta de João sem Terra de 1215 na Inglaterra; Common Laws Britanicas; Constituições dos diversos países; etc.

Finalizando:

1)      As Organizações da Sociedade Civil nascem para defender o cidadão dos poderes do Estado;

2)      A democracia tem por principio harmonizar as diferntes vertentes da sociedade e harmonizá-las entre si. Reforçando a alteridade e a compreensão entre as pessoas.
 
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Fim da aula 02 de FAyA V - Filosofia y Derechos Humanos
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