A que uso é mais complexa e trabalhosa, porém traz todos os conceitos do livro, sendo na verdade 40% do tamanho do livro.
Para conhecer minha forma de trabalho visite http://www.portalfernandeshegel.blogspot.com/
Vou repensar minha prática talvez.
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MITHEN, Steven J. A pré-história da mente: em busca das origens da arte, da religião e da ciência; trad. Laura Cardellini Barbosa de Oliveira- São Paulo : UNESP, 2002.
The Prehistory of the Mind: A Search for the Origins of Art, Religion, and Science.
Prefácio à edição brasileira (por Walter Neves), CAP 1.
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TRECHO
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Como vivemos num país onde os novos paradigmas das “ciências” humanas aplicadas demoram décadas para chegar (e, às vezes, quando chegam, são implacavelmente “fritados” pela inteligentsia local), a pedagogia entre nós ainda apresenta forte tendência piagetiana. Ocorre que Piaget, bem como a maioria de seus contemporâneos e antecessores, criou suas teorias sobre o desenvolvimento da mente humana com base nas premissa de que ela se assemelha a uma esponja ou aum computador dotado de grande algorítmo, pau-para-toda-obra, que poderíamos denominar inteligência generalizada
o bem conhecido fator G
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... e finalmente nossa espécie, Homo Sapiens Sapiens, que surgiu há cem mil anos...
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Utilizar o quadro colocado à essa página, que compara a forma usual que as ciências sociais enxergam a cognição e a forma que os psicólogos evolucionistas a enxergam.
Os psicólogos evolucionistas argumentam que a constituição biológica exerce uma influência marcante na nossa maneira de pensar. Eles acreditam que a mente é formada por uma série de processos cognitivos especializados, cada um dedicado a um tipo específico de comportamento – como as lâminas de um canivete suíço. Ao nascermos essas lâminas já contêm um conhecimento substancial do mundo.
Talvez as lâminas não conheçam nada do mundo, mas já estariam calibradas [a expressão é minha] para atuar de acordo com padrões transmitidos geneticamente.
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... as culturas não são apenas listas de fatos sobre o mundo, e sim maneiras específicas de pensar e compreender: a mente-esponja é aquela que absorve os próprios processos de pensamento.
Ok, bela forma de argumentar: ele nos trás um argumento comum em psicologia. Porém logo à frente derruba este argumento (extremamente sedutor e utilizado nas bases de diversas teorias) com um argumento mais adequado.
... mas esta analogia não nos ajuda a pensar sobre como nosso intelecto resolve problemas, como aprende. Isso é mais do que acumular e depois regurgitar fatos; ... podemos pensar no intelecto adquirindo dados, processando-os, resolvendo um problema e fazendo que nossos corpos executem o resultado. O cérebro é o hardware, a mente o software. Mas quais são os programas utilizados?
Depois nos derruba novamente, dizendo que esta analogia também é falha, pq a mente de uma criança faz algo que nenhum computador é capaz de fazer: criar. Imaginar coisas que não existem do lado de “fora”.
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Mithen fala do sistema de Fodor. Basicamente, existem dois sistemas de processamento de informações. No sistema de entrada, a informação é encapsulada, isto é, não ouvimos a imagem nem sentimos o cheiro do som. Este sistema nos faz reagir de maneira automática aos eventos e não é integrativo. Já um outro sistema, o da cognição, é holistico e integrativo, e não são possíveis de serem estudados. ( pensamento, resolução de problemas, imaginação e inteligência). E não possuem área definida no cérebro.
Resumindo, Fodor acredita que a mente possui uma arquitetura de dois níveis; o inferior é como um canivete suíço e o superior como ... bem, não podemos descrevê-lo porque não existe nada igual a ele no mundo.
A percepção foi gerada para detectar o que está certo neste mundo: em situações de perigo ou oportunidade, uma pessoa precisa reagir rapidamente e sem pensar. “sem dúvida é importante prestar atenção no eternamente belo e verdadeiro. Mas é muito mais importante ainda não sermos devorados”(FODOR, 1985, p.4). Em outros momentos , no entanto, sobrevivemos contemplando a natureza do mundo de maneira lenta e reflexiva, integrando muitos tipos de e fontes de diferentes de informação. Apenas desta forma podemos chegar a reconhecer as regularidades e a estrutura do mundo. “A Natureza fez força para manter as duas coisas”.
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... é de que apesar da independencia dos processos centrais de cada inteligência, “no relacionamento humano normal, tipicamente encontramos conjuntos de inteligência trabalhando juntas e até harmoniosamente, a fim de executar atividades humanas complexas”.
Aqui ele fala da teoria das 7 inteligências de Gardner ( ver inteligências Múltiplas e Inteligência emocional para uma introdução ao assunto)
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O ponto de partida dessa argumentação [a mente é o resultado da evolução humana] é a mente ser uma estrutura funcional tão complexa que não poderia ter surgido pelo acaso. Se estamos dispostos a ignorar a possibilidade de uma intervenção divina, o único processo conhecido que pode ter dado origem a tamanha complexidade é a evolução pela seleção natural.
Aqui entra mais uma analise possível: dentro do que parece ser nosso recorte, a psique do favelado, a forma de compreensão do mundo e de vida não pode ser uma forma de sobreviver às pressões ambientais correntes? Certos tipos de corpos, de mentes e de estruturas seriam mais bem adaptados à vida difícil e comunal, outros não... talvez os índices de mortalidade decrescentes se devam não só às melhorias sociais, mas à própria evolução daquela população. Àqueles que eram mais vulneráveis morreram quando crianças, antes de gerar descendentes. Os que sobraram, geraram descendentes com maior probabilidade de sobreviver num ambiente inóspito.
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... a mente humana evoluiu sob a força das pressões seletivas enfrentadas pelos nossos ancestrais enquanto viviam como caçadores-coletores nos ambientes do Pleistoceno – os atos e cenas centrais na nossa pré-história. Na medida em que esse modo de vida terminou há apenas uma fração de tempo em termos evolutivos, nossas mentes permaneceram adaptadas à caça e à coleta
esse argumento refere-se aos estudos de Leda Cosmides e John Tooby
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Deem um gatinho a uma criança e ela acreditará que o bichano tem uma mente igual à sua. Antropomorfizar parece ser compulsivo. Dêem uma boneca à criança e ela começará a conversar com o brinquedo, a dar-lhe comida e trocar fraldas.
Assim é com o Estado, as instiuições, as leis...
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