segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

20180226 Pertencimento

Pertencimento.


Tenho nenhum.


Coisas e gentes passam por mim sem me ligar e sem me tocar.


Sou algum tipo novo de Autista.


O rejeitado.
Ou aquele cuja forma de ser rejeitou o mundo tal qual é.


Igrejas, templos, instituições eu passo por elas como pelas calçadas dos meus dois bairros: a Vila Belmiro e o Gonzaga.


Afinal... Lembranças não pagam dívidas.


E pertencimento não rejuvenesce, e nem me tiraria do peito o vazio de niilismo cultivado.



Eu? Simplesmente a nada pertenço.



Solto, como leve pena de ave em dias de ventania.



Nunca sei onde vou pousar. E isso me alegra!



Paulo Cesar Fernandes.
26/02/2018.



Nota:
O motivador foi "Canção do Pertencimento" de Giorgio Gaber.
Na qual não pensava em absoluto no tempo da escrita.
O pernsar voava por outras paragens.

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