Pertencimento.
Tenho nenhum.
Coisas e gentes passam por mim sem me ligar e sem me tocar.
Sou algum tipo novo de Autista.
O rejeitado.
Ou aquele cuja forma de ser rejeitou o mundo tal qual é.
Igrejas, templos, instituições eu passo por elas como pelas calçadas dos meus dois bairros: a Vila Belmiro e o Gonzaga.
Afinal... Lembranças não pagam dívidas.
E pertencimento não rejuvenesce, e nem me tiraria do peito o vazio de niilismo cultivado.
Eu? Simplesmente a nada pertenço.
Solto, como leve pena de ave em dias de ventania.
Nunca sei onde vou pousar. E isso me alegra!
Paulo Cesar Fernandes.
26/02/2018.
Nota:
O motivador foi "Canção do Pertencimento" de Giorgio Gaber.
Na qual não pensava em absoluto no tempo da escrita.
O pernsar voava por outras paragens.
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