Antena
Quem sou eu?
Quem sou eu para aplacar a volupia dos deuses.
Esses mesmos a jogar com a minha vida a seu bel prazer.
Quem sou eu para calar o texto, se este se projeta de dentro dos dedos em golfadas de gozo e prazer profundo.
Quem sou eu afinal?
Um Todo Poderoso?
Um Senhor dos céus e das terras todas?
Nada disso!
Apenas um ser!
Capaz de algo lançar no papel, algo nascido do fundo da alma.
Num repente lúcido, criativo talvez.
Nada faço!
Além de cumprir o papel de escrevedor.
Pequena antena solta no mundo, em busca de traduzir e transformar.
Assim eu leio. Leio muito.
Mas a teoria não basta, não abarca a realidade.
Tudo a ocorrer deve ter sua dose de espiritualidade.
Abstraindo do mundo ao redor me ponho em sintonia.
Ampliando formas de sentir e pensar.
Transcrevo pensamentos, presentes no ar.
Sim.
Apenas isso!
Deixo expresso no papel, o pensar dos pensamentos habitantes do ar ao meu redor.
E juntos, algo acabamos fazendo.
Quem sabe de alguma utilidade, esse é o nosso sonho.
Paulo Cesar Fernandes.
06/06/2017.
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