Trajetória
Vou correr atrás da minha ignorância.
Se a pego, talvez a domine, talvez a vença. Na pior das
hipóteses, a proximidade com ela faz com que a conheça bem.
Saber de sua dimensão vai ser um processo doloroso, e a
única maneira de fazê-la definhar.
O universo do que conheço e o desconhecido: uma luta
desigual.
O tempo, esse ente mágico enfileirando minutos ou milênios,
abre as portas, e por elas enveredo sem temor. O abismo se contrai e a coragem
se agiganta.
Difíceis deixam de ser os temas.
O sabido e o desconhecido são faces de uma única moeda: o valor
que me acompanhará.
Eu não acredito nisso!
Sei disso!
Acreditar admite desacreditar.
Saber não. Não há des saber.
Quando passo a saber algo novo, esse conhecimento impregna
minhalma e, nenhum banho no Lates[1] o
apagará.
Pois sei e sou ciente deste saber.
Ad eternum.
Paulo Cesar Fernandes
27/05/2008
[1]
Para Sócrates o Rio do Esquecimento
no qual banhamos ao início de cada existência. Isso explica o fato de não nos
lembrarmos das vidas passadas, segundo o filósofo.
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