quinta-feira, 13 de junho de 2013

Novos tempos


Novos tempos


Numa aula sobre “Direita” do Prof. Dr. Jose Pablo Feinmann, da Universidade de Buenos Aires, me veio uma coisa na cabeça: a danada da fábula é para deixar o peãozinho contente pacas , e iludido totalmente.  
 
Pois nunca vai ser abastado, nem a pau. A verdade é que enquanto ele se ferra pacas, o seu patrão tá na maior zorra, comendo as mulheres mais gostosas do pedaço. Nem todos. Deixemos isso claro. Podem ter outras preferências, e até mesmo trabalhar, quem disse que não.

Vejamos a sacana da fábula:
 

A CIGARRA E A FORMIGA



 

Num belo dia de inverno as formigas estavam tendo o maior trabalho para secar suas reservas de comida. Depois de uma chuvarada, os grãos tinham ficado molhados. De repente aparece uma cigarra:


- Por favor, formiguinhas, me deem um pouco de comida!


As formigas pararam de trabalhar, coisa que era contra seus princípios, e perguntaram:


-Mas por que? O que você fez durante o verão? Por acaso não se lembrou de guardar comida para o inverno?

Falou a cigarra:
-Para falar a verdade, não tive tempo, Passei o verão todo cantando!


Falaram as formigas:

-Bom... Se você passou o verão todo cantando, que tal passar o inverno dançando? E voltaram para o trabalho dando risadas.

=== 

Acontece que o tempo passou. Cigarra cantando. E cantando. Mas cantando e muito. E a cigarra se tornou a figura de maior destaque no Axé Music, chovendo propostas de trabalho no Brasil e no exterior. Inclusive andavam dezenas de revistas masculinas fazendo propostas, para a agora CG Arra posar nua, nuínha em pelo. Propostas sempre rejeitadas por seu baixo valor.

De início dizia ser por timidez, e coisa e tal. Mas um dia, num talk show, deram uma bebidinha e ela rasgou o verbo:

_ Esses *** das revistas masculinas acham que minha *** é mercadoria de valor nenhum. Me danei muito na vida prá chegar aqui. Eles vem com propostinha ***. Comigo é assim: “Quer? Tudo bem. Mas bota dinheiro quente e firme na mesa.”

No Reino da Fomigada, assistindo pela TV, uma inveja danada. Chamavam ela de tudo palavrão do reino. Uma balbúrdia.

 

Moral da história: Na Pós-Modernidade não vem que não tem. Essa conversa de moral, de ética, só me mostra uma coisa: “tu é velho prá caramba”.

 

Paulo Cesar Fernandes

13  06  2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário