Obra de arte
Escrever é um Rio Coxipó, quando este rio bravio e caldaloso está.
O tempo passa pelas palavras empurrando o célere relógio.
Há magia nisso, bem o sei. Vai além da minha percepção.
A estória se monta segundo sua vontade e fluxo, tal qual o rio. Indomável, se diz per si sem interferência qualquer.
Ela se diz. Ela se basta.
A trama é soberana. Não a comanda o autor ou qualquer dos personagens. Ela se faz comandar por si mesma.
O autor? É mera peça de execução, sem importância maior.
Quando a trama se diz e se faz obra, o trabalho se complete.
O autor apenas lhe põe seu nome.
Paulo Cesar Fernandes
22/02/2015
P.S.: Vermelho. Sempre vermelho, como deve ser quem mira o futuro.
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