quinta-feira, 4 de agosto de 2016

20160804 Descrença

Descrença.








A descrença não é uma doença, não é algo contagioso, não é um mal sem fim.


Chega até nós, após muitos anos de seguidas puxadas de tapetes, por pessoas espertas, verdadeiros experts em sacanagens.


Pouco a pouco, o castelo de cartas das instituições na qual essas pessoas se instalaram foi se desfazendo; num determinado dia ruiu por completo.


O chão se foi sob meus pés.


Foi o início da minha Jornada de Libertação de TUDO e de TODOS.


Claro, dou importância a algumas poucas pessoas, a iniciar por meus familiares que se importam comigo. Mas não me deposito em ninguém. Escolhi a solidão, mas esta nunca é completa: amigos; música; livros; e muita reflexão interior. Creio poucos haver como eu, com tão intensa "conversa com seus botões". Sadio diálogo a promover nossa constante mudança.


Descrença é apoiar-se na racionalidade. E a Razão nos basta.


A Metafísica existe? Sim. Mas é um elemento entre outros, não é o foco central de nada.


Descrença nos obriga a colocar tudo e todos sob suspeição. Um exercício constante e de autopreservação. É um cuidar-se diante de tudo.


A ruptura com verdades de toda sorte nos ajuda, pois permite ver nos outros a Liberdade. Da mesma forma como a conquistamos para nós. É uma trajetória difícil, porém inevitável; com o custo relativo à dimensão de nossa Liberdade e das Lutas nas quais nos vejamos engajados.


Descrença não nos obriga a deixar os sonhos no vão da estrada; ao contrário, nos imprime uma força capaz de nos trazer a culpa de nada fazer ante as mazelas desse mundo de injustiças.


E é dessas injustiças todas a raiz da Descrença.


Nenhuma religião; nenhuma filosofia politico-social é capaz de dar conta de tanta nhaca, tanta saga sanguinária feita pelos Donos do Mundo.


Eu apenas espero o dia em que esses Donos do Mundo bebam da própria Cicuta. Todo o veneno por eles lançado na terra possa encontrar neles o local de moradia. Pois a dor de todos nós merece uma compensação.


Nesse dia a PAZ VERDADEIRA poderá reinar na face do Planeta Terra. E haverá paz na terra aos homens de boa vontade, como disse o homem fazem séculos.


Sigo no aguardo desse dia ! ! !


Paulo Cesar Fernandes.



04/08/2016.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

20160801 Navegando

Navegando.




Em mar revolto seguimos todos.
A cada dia uma novidade, uma prisão e um assassinato.
Um corpo, o sangue, um quarto.



Uma bomba explode no Iraque e uma dinamite num banco.
O Planalto é desordem e caos.
Coronéis no comando e tudo nos parece normal.
Velhas raposas mentem sem pudor.
A imprensa nos rouba a liberdade de acesso aos fatos.
Vivemos um outro tipo de Ditadura desde a Redemocratização.



Eu não me iludo.
Normalidade democrática é o cacete!
Democracia é bem outra coisa.
Só a conheci, se o era, foi nos tempos de infância.



E as mulheres da TV sonhando amor, sucesso e prosperidade.
Onde vivem todos?
Onde a lucidez?
Inda por cima me chamam louco.



Descrevo o que vejo, e vejo muito mais fora das fronteiras.
A verdadeira imprensa está fora do Brasil.
Ela é o nosso mais feroz algoz.
Escancara nossas chagas e nos deprime.
Mostra nossos canalhas com fatos, fotos, nomes e acusações.



"Que povo besta é o brasileiro." dizem eles.
"Roubado é e nem revolta se ve."



Rasgo meu coração na beira do cais.
Mas meu grito não chega aos jornais.
Não avança na cidade.
Tudo é morbidade nestes tempos.
Tempos de mar revolto para um plácido povo.



Paulo Cesar Fernandes.



01/08/2016.



Apenas um desejo me move:
Que a ira mantenha a chama sempre acesa dentro de mim.

E apesar de tudo, as flores insistem em nascer.
Elas não precisam de nada e de ninguém, seguem seu rumo e sempre chegam ao seu destino.
Enquanto o Brasil...